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domingo, 27 de maio de 2012

Presídio de Taquara é modelo na ressocialização de apenados

 Enquanto o Rio Grande do Sul se debate com a si­tuação caótica do Presídio Central, em Porto Alegre, e de várias outras casas prisionais gaúchas, sai de Taquara um exemplo que poderá servir para todo o Estado. Uma parceria entre a Superintendência dos Ser­viços Penitenciários (Suse­pe) e a iniciativa privada faz com que todo os presos do regime fechado de Taquara trabalhem. A medida di­minui a tensão tradicional­mente vivenciada em am­bientes como os presídios.

Os 160 presos que atu­almente estão cumprindo pena no regime fechado em Taquara estão trabalhando na produção de chaveiros (foto), fivelas, botons e fechos. Ao todo, a produção chega a seis milhões de peças por ano. O som na cadeia lem­bra o da produção de uma indústria, já que toneladas de metais são movimenta­das diariamente para entre­gar os produtos no prazo estipulado pelo empresário. Contudo, o ambiente em nada lembra o bater de ca­deados e grades.
Para o administrador da casa prisional, Evandro Oliveira Teixeira, a parce­ria com a iniciativa privada representa uma vitória tam­bém para a sociedade, não só pela renda que os presos ganham, que é revertida para ajudar no sustento da família, como para promo­ver a paz no ambiente da cadeia. Mesmo sofrendo com rotineiras interdições, devido aos problemas de infraestrutura, o Presídio de Taquara não registra, há um bom tempo motins, o que pode ser reflexo da ocu­pação dos apenados. “Não houve mais registro de ocorrência de indisciplina”, enfatiza Teixeira, acrescen­tando que o foco da casa prisional é investir na inser­ção social, acreditando no trabalho prisional.
Conforme um dos presos de 32 anos, a oportunidade de trabalhar junto ao Presí­dio de Taquara dá a chance de o apenado se redimir da culpa que sente por ter co­metido algo errado contra a sociedade.
 | mai 18, 2012 | 

2 comentários:

  1. Bem coisa de quem não possui nenhum conhecimento do que significa "RESSOCIALIZAÇÃO". Quem garante que se um preso trabalhar montando chaveiros vai se recuperar socialmente? Isso não é trabalho, é ocupação e não recupera nenhum bandido.
    O trabalho que deve ser feito com a população carcerária é bem mais complexo e envolve também uma atuação junto ao meio em que viveu o condenado. Em relação à educação profissionalizante, o ideal é estabelecer parcerias com empresas que garantam o emprego do apenado após este ganhar a liberdade. Para isso, é preciso ensinar técnicas de trabalho muito mais complexas que a simples tarefa de montar chaveiros.

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    1. Antonio, primeiramente obrigado pela participação no blog. Quanto ao tema, realmente concordo contigo, o trabalho desenvolvido no presídio de Taquara não é o ideal de "RESSOCIALIZAÇÃO", mas considerando a realidade atual da maioria dos estabelecimentos prisionais brasileiros, penso que qualquer alternativa que busque dar nem que seja uma "ocupação" para o preso, como referido por ti, para pelo menos ter um retorno financeiro ainda que pequeno ou até mesmo a remição de pena, já é válida e pode ser ressaltada como algo positivo, repito, considerando a realidade atual. Até por que, a "RESSOCIALIZAÇÃO" nos moldes como idealizada na LEP e no formato como muito bem descrita no teu comentário, está cada vez mais difícil de se ver ou ainda se efetivar. O que mais se vê são desrespeitos aos direitos humanos e superlotações. Mais mais uma vez obrigado pela participação e parabéns pelo teu blog. Abraço. Fábio Longhi Serafim.

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