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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Óbitos nos Presídios Gaúchos




Postamos dados levantados pelo Dr. Sidinei José Brzuska, Juiz de Direito da Fiscalização dos Presídios, e publicados em ZH, edição de 10/10/11*
Levantamento aponta que um detento morre a cada três dias nas prisões do Rio Grande do Sul
De 2007 a 2010, 465 presos morreram na cadeias do Rio Grande do Sul. Em média, são 116 casos por ano ano ou um óbito a cada três dias. O levantamento leva em consideração assassinatos, suicídios e causas naturais. A maioria dos detentos morre vítima de HIV, tuberculose e doenças respiratórias.

Para o juiz da Vara de Execuções Criminais, Sidinei Brzuska, parte das mortes seriam evitáveis se houvesse atendimento médico preventivo, medicação disponível e melhores condições de higiene no sistema prisional.

— São pessoas jovens, na sua grande maioria, e que estão falecendo de insuficiência respiratória. Pessoas que adquirem tuberculose dentro da cadeia e como já são debilitadas acabam evoluíndo para morte — disse o juiz.

Um levantamento coordenado pelo juiz Brzuska revela que do total de mortes, 230 concentraram-se nos últimos dois anos e meio apenas no Presídio Central e no Complexo Penitenciário de Charqueadas.

Do total, 88 eram jovens com até 30 anos de idade, 82 portavam HIV, 20 pereceram em decorrência de pneumonia e sete foram vitimados pela tuberculose. Suicídio e assassinatos foram responsáveis pela morte de 15 detentos.

De todos os casos, três chamam a atenção: são apenados de 18 anos, que cumpriam prisão provisória e morreram em decorrência da tuberculose, pneumonia e infecção no sistema nervoso.

                             
                         
 CAUSA MORTIS




*FONTES: 
Dr. Sidinei José Brzuska, Juiz de Direito da Fiscalização dos Presídios-VEC POA e 

2 comentários:

  1. Chama a atenção o número de óbitos por doenças do sistema respiratório: 23% por broncopneumonia, 17% por pneumonia e 14% por tuberculose, ou seja, mais da metade dos 229 óbitos ocorridos no período. Quem conhece o interior dos presídios não se surpreende!

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  2. Pesquisei no google agora e verifiquei que a média de vida do povo brasileiro é de 73 anos, a média de vida dos gaúchos é 75 anos, já a média de idade dos indivíduos que vieram a falecer nas cadeias do RS é de menos de 40 anos. Esse dado é, no mínimo, preocupante.

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